O blog

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

7 cursos universitários e seus inconvenientes

Pronto, finalmente a sensação de dever cumprido. Após o dito ensino obrigatório você começa o tão sonhado Ensino Superior. Escolhe o curso que quer, as matérias que deseja e tudo passar a ser do seu modo (sei que não é bem assim, mas sempre existe essa ilusão). Obviamente os interesses em comum não significam pessoas parecidas e logo surgem diversos imbecis na sua turma, mas isso é esperado, as pessoas não são iguais e algumas são tão diferentes que irritam. Mas existe um tipo de chato capaz de perturbar terrivelmente. É aquele infeliz que não está na mesma área que você e, com todo reducionismo do mundo, cisma em encher a paciência do desavisado. É em homenagem a esse tipo de pessoa que selecionei os cursos que mais sofrem com isso.

7 – Letras

Se existe alguma dúvida em relação à língua portuguesa, é a um estudante de Letras que qualquer um deve recorrer. Dicionários são inúteis perto dele. Por falta de imaginação e de conhecimento da abrangência da área, sempre chegamos à conclusão “lógica” de que a pessoa em questão será professora de português, mesmo que ela faça português/croata pretendendo trabalhar no consulado. Não soube responder? “Putz, espero que meus filhos não tenham aula com você.”.


6 – Biologia

A biologia é o ramo da ciência que estuda os seres vivos. Sendo assim, é esperado que a pessoa que se interesse pela área conheça todos os seres vivos do mundo. Daquele inseto irritante que aparece na sala até o tipo de musgo que cresce na sua calçada, é obrigação do biólogo saber tudo: nome vulgar, nome científico, alimentação, forma de reprodução, lugares em que vive e por aí vai. Não existe ignorância maior no mundo que não reconhecer algo e ele deveria se envergonhar disso.

5 – Geografia

“Qual é a capital do/da *** (insira aqui o país aleatório que você só procurou no Atlas para sacanear o seu amigo)?”. Essa é basicamente a vida de um estudante de Geografia. Isso e ter que conviver com o fato de que é uma das matérias mais subestimadas do ensino obrigatório. Admita, quantas pessoas você conhece que disseram adorar estudar geografia quando jovens?

4 – Matemática

A pessoa que estuda Matemática necessariamente é capaz de fazer qualquer conta de cabeça. É um fato comprovado cientificamente. Desde a simplicidade da conta num restaurante e suas divisões muitas vezes ininteligíveis (“Eu só comi quatro batatas. Isso dá quanto porcento do prato? E como fica o valor final para mim?”) até cálculos mais complexos inventados no calor do momento por seus amigos cruéis que desejam testar o raciocínio do pobre futuro matemático. E o mais importante dessa história é que, se ele não conseguir responder, seu curso e sua dedicação podem ser questionados sem misericórdia.

3 – Direito

Para perceber o tipo de armadilha que esse estudante cai, basta notar que muitas pessoas chamam o curso de “Advocacia”. Sendo assim, ao longo dos 5 anos de curso, deverá aguentar diversas pessoas pedindo para ser seu advogado no futuro mesmo que o que ele mais queira da OAB seja distância. Além disso, deve conhecer todas as leis e é inconcebível que não tenha a constituição decorada. Não se pode esquecer também que talvez a única outra classe considerada menos confiável que eles seja a dos políticos. Por sinal, não confio em políticos nem em advogados. Ou estudantes de Direito.

2 – Publicidade

Posso estar dramatizando um pouco o meu próprio curso, mas é um fato. Eu mesmo já enfrentei frases como “Vamos lá! Me dá um nome genial para minha banda!” ou “Preciso de um slogan. Pedro, diz um aí.”. E isso é apenas uma parte dos problemas. Além da obrigação de ser genial, ainda existe o problema do Photoshop. Todos acham que o publicitário é necessariamente um profundo dominador da ferramenta. Não, eu não consigo fazer você emagrecer, diminuir o nariz, aumentar os seios, colocar asas, revestir com escamas etc. E, se soubesse, não significaria que faria simplesmente porque você pediu.

1 – Medicina

Sem dúvida alguma, o líder do sofrimento. Eles simplesmente não encontram paz em sua existência. Serão obrigados a dar sua opinião médica sobre a tosse de seu tio na festa de 2 anos da priminha, examinar aquela mancha estranha/nojenta que apareceu há mais ou menos uma semana no braço do amigo em meio àquela reunião num barzinho e dizer o melhor remédio para a dor nos joelhos do seu vizinho. E aposto que suas vidas ficaram mais miseráveis depois da fama de “House”.

E você, leitor(a) assíduo(a) desse blog, conhece algum outro curso que sofre com a chatice das pessoas?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

8 grandes losers que entraram para a história

Losers do mundo, uni-vos! Discípulos de Al Bundy, Rob Fleming e Charlie Brown são bem vindos para compartilhar as histórias de perdedores da vida real.
Tentei equilibrar a lista com nomes da indústria fonográfica, Hollywood, roteiristas, inventores e esportistas. Vale lembrar que todas essas vítimas da ironia do universo constam no google. Ou seja, têm mais fama e dinheiro do que eu, você e seu tio que perdeu a mulher para o vizinho jamais teremos. Contudo, nada nos impede de rir da miséria alheia.
São só 8 personagens porque quero quebrar esse paradigma estúpido de números redondos. E não consegui lembrar de outros.

8 – Michael Madsen
É um loser que fez as escolhas erradas. Michael Madsen não é um desconhecido; atuou em filmes importantes e tem uma página na wikipédia de tamanho considerável. Contudo, perdeu a oportunidade de viver Vincent Vega, em Pulp Fiction, clássico de Quentin Tarantino. O filme marcou época, mudou a estrutura do cinema contemporâneo e deu novo fôlego à carreira de John Travolta, que acabou ficando com o papel. E Madsen desistiu de tudo isso para atuar em Wyatt Earp. Um de seus últimos trabalhos no cinema foi em 2006, no brilhante...“Todo mundo em pânico 4”. Pois é.

7 – Jackson 4
Obviamente, Michael Jackson foi excluído da contagem. Jackie, Tito, Jermaine e Marlon devem escutar até hoje o quanto o caçula da família era adorável. Viver à sombra de um moleque de oito anos de idade que dança e canta divinamente não deve ter sido nada agradável. O loser aqui não é o grupo em si - afinal, eles já foram o hit da Motown -, mas os irmãos menos talentosos de Michael. E, francamente, alguém lembra de outras canções que não sejam “ABC”, “I’ll be there” e “I want you back”?

6 – Jeffrey Lieber
Tenho amigos que assistem Lost há 5 anos e, quando questionados sobre Jeffrey Lieber, pensaram se tratar de um personagem secundário qualquer. Não. O rapaz é um dos criadores do seriado. Ele deu início ao projeto, passou semanas trabalhando sozinho no roteiro e nos personagens. Quando terminou o piloto, entregou à emissora. Seu trabalho foi super elogiado...e ele foi demitido. O roteiro, então, foi para as mãos de J.J. Abrams e Damon Lindelof, que tocaram a história. Lieber é pago cada vez que um episódio vai ao ar, mas diz que usa o dinheiro para bancar seu terapeuta.

5 – Elisha Gray
A primeira vez que ouvi a história de Gray senti pena, muita pena. Todos conhecem Alexander Graham Bell, certo? Mas ninguém sabe quem foi o pobre Elisha. Seu nome só é citado nas páginas brasileiras da wikipédia em artigos sobre Graham Bell. Reza a lenda que Gray patenteou o seu protótipo de telefone somente uma hora depois do inventor oficial. Por 60 minutos, o infeliz perdeu os créditos da invenção. Se você se achava azarado, repense sua vida.

4 – Rubens Barrichello
Barrichello é tão loser que não conquistou o primeiro lugar nem nessa lista. Provavelmente, é o piloto que demorou mais tempo para vencer uma corrida. Mesmo dirigindo as melhores máquinas, nunca foi campeão mundial. É motivo de chacota em rede nacional. Rubinho é a definição do loser pride, completamente conformado com sua condição. Afinal, ser loser é uma sina, não adianta lutar. Por isso mesmo, Barrichello prefere pisar no freio e deixar que amigos mais capacitados cheguem na frente.

3 – Eduardo Saverin
Poucas pessoas conhecem a história do Saverin. Eu só fiquei sabendo quando li uma reportagem sobre o livro “The Accidental Billionaires”. Contudo, o brasileiro é um dos inventores do Facebook, junto com Mark Zuckerberg. Sim! Inventor do Facebook! Nosso compatriota estudava Economia, em Harvard, quando conheceu o menino prodígio. Porém, devido a um sério desentendimento, Saverin foi tirado do projeto, perdeu o amigo e a quantia de 10 bilhões de dólares. Certamente, o nerd mais loser da história.

2 – Giordano Bruno
Giordano é o loser mais nobre que conheço. E também aquele com quem mais simpatizo. O filósofo enfrentou a Igreja Católica e seus preceitos para provar o heliocentrismo e a teoria de que o universo seria infinito, povoado por milhares de sistemas. Ao ser perseguido pela Inquisição romana, Giordano não desistiu de seus ideais...e foi condenado à morte na fogueira. Somente 16 anos depois, Galileu Galilei também foi julgado, mas decidiu voltar atrás, amenizar sua crítica e diminuir o tom agressivo. Resultado: não foi queimado, pôde continuar desenvolvendo pesquisas e hoje é conhecido como pai da física moderna. Pobre Giordano.

1 – Pete Best
Best foi amaldiçoado de diversas maneiras, a começar por seu nome irônico. “Best”. Pff. Ringo Starr não foi o único a ter a posse das baquetas dos Beatles. Antes de sua entrada na banda, Best era o bateirista. O inglês permaneceu no grupo até 1962, pouco depois da primeira audição para a EMI. Foi despedido pelo empresário dos Beatles por sua falta de compromisso, que desagradaria George, John e Paul. E o resto da história todos nós conhecemos. Best é reconhecido por poucos e perdeu a chance de ser o bateirista de uma das maiores bandas do mundo. Tentou cometer suicídio e entrou na justiça contra declarações de Ringo. Atualmente, acompanha um grupo cover argentino dos Beatles – The Beats – em suas turnês. É preciso ser muito, muito loser para participar de uma banda cover das pessoas que o expulsaram. E, por isso, ninguém tira o primeiro lugar de Pete Best.

Good Grief!

domingo, 3 de janeiro de 2010

10 filmes que não deveriam possuir uma continuação

Existem trilogias imponentes no cinema, memoráveis. Algumas quadrilogias também são capazes de arrebatar os mais frios corações. Existem é claro, filmes que constroem uma legião de fãs, seja pelo diretor, pelos atores envolvidos, pelo roteiro ou até por algo inexplicável. Mas uma coisa é inegável, existem filmes que são aniquilados justamente por suas sequências terríveis e essa é uma lista dos 10 piores que consegui me lembrar:

10 - "Efeito Borboleta 2" (The Butterfly Effect 2, 2006) e 3 – Revelação (The Butterfly Effect 3: Revelation, 2009).

São pequenas coisas causando grandes mudanças que fundamentam a vida de Evan Treborn (Ashton Kutcher no que considero o único papel regular que já fez). Os pequenos lapsos são entradas para poder realizar mudanças no passado e influenciar de maneira radical seu futuro. Já é um filme regular, mas aí vem o melhor. Sua continuação consiste de... exatamente o mesmo. Por que fazer uma continuação quando não há nada para acrescentar? Cheguei a ouvir pessoas falando bem do terceiro filme, dizendo ser bom por parecer muito com o primeiro (não tive coragem de assistir). Uau! Palmas para a originalidade!

9 – "Pânico 2" (Scream 2, 1997), 3 (Scream 3, 2000) e 4 (Scream 4, 2010)

O filme “Pânico” (Scream, 1996) é um dos poucos filmes de terror a entrar na lista dos “500 Melhores Filmes de Todos os Tempos” e no livro “1001 Filmes para Ver Antes de Morrer”. Suas sequências aproveitam o seu sucesso inicial e o carisma (?) do serial killer "Ghostface" para serem lançadas. Nenhum mérito para elas.

8 - "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystall Skull, 2008)

Sei que citar Indiana Jones pode gerar polêmica, mas antes que venham atrás de mim com pedaços de madeira e tochas, deixem-me explicar. O filme é apenas ok. Definitivamente melhor que “Indiana Jones e o Templo da Perdição” (Indiana Jones and the Temple of Doom, 1984), mas obviamente nem se aproxima da obra-prima que foi “Indiana Jones e a Última Cruzada” (Indiana Jones and the Last Cruzade, 1989). O último filme da recém-quadrilogia do arqueólogo não foi nada demais. Esquecível e pouco inventivo, sua única e grande força foi acessar aquela parte da memória daqueles que puderam ver os primeiros no cinema e dos novos fãs que nunca tiveram a oportunidade.

7 – "Tubarão II" (Jaws II, 1978), "III" (Jaws 3-D, 1983) e "IV – A Vingança" (Jaws: The Revenge, 1987), que eu me surpreendi ao descobrir a existência.

Tubarão (Jaws, 1975) foi um grande marco para o cinema, com a direção primorosa de Steven Spielberg e a trilha sonora do sempre perfeito John Williams e uma de suas mais famosas músicas. Ganhou os Oscars de Melhor Trilha Sonora, Melhor Montagem e Melhor Som, além de ter sido nomeado para Melhor Filme, conseguindo arrecadar 260 milhões de dólares em dois anos de exibição. Com poucas palavras dá para notar o sucesso que foi, além de ter servido de influência para muitos outros filmes (em grande parte, ruins). E como estragar isso? Lembrando que existem seqüências, inclusive a maravilhosa vingança do tubarão, no qual ele seleciona suas vítimas. Como ele seleciona? Vendo?! Tubarões são míopes! Eles atacam alguns surfistas pensando serem focas! Ao menos a ideia diverte...

6 - "Poltergeist 2" (Poltergeist II: The Other Side, 1986) e "3" (Poltergeist III: We’re Back, 1988)

Escrito e produzido por Steven Spielberg, “Poltergeist – O Fenômeno” (Poltergeist, 1982) marcou a década com seu terror. Uma típica família americana sofrendo com um poltergeist em sua casa, uma filha raptada e segredos terríveis sobre aquela propriedade. Sucesso absoluto, concorreu aos Oscars de Melhores Efeitos Especiais, Melhor Som e Melhor Trilha Sonora, além de ter lançado a carreira da ainda criança Drew Barrimore (não, ela não está no filme, mas Spielberg, percebendo o seu talento, convocou-a para um papel pequeno no filme que dirigia na época, “E.T.”). Até mesmo as histórias curiosas e assustadoras em torno das filmagens e dos atores são um espetáculo à parte. E apesar disso tudo, não acharia estranho que nunca tenha ouvido falar de suas continuações, no máximo o segundo. Os grandes feitos desse foram concorrer ao Oscar de Melhores Efeitos Especiais e ao Framboesa de Ouro com Pior Atriz Coadjuvante para Zelda Rubinstein. Querem mesmo saber do terceiro?

5 - "Velocidade Máxima 2" (Speed 2, 1997)

Um clássico da Sessão da Tarde, “Velocidade Máxima” (Speed, 1994) nos fez adorar Jack Traven (o sempre muito expressivo Keanu Reeves) e Annie Porter (Sandra Bullock), ao mesmo tempo em que Dennis Hopper, com seu Howard Payne, foi um belo exemplo de vilão com maquinações loucas, mas ainda assim críveis e temíveis. Um ônibus que não pode ultrapassar 50 milhas por hora e nem parar seria um verdadeiro problema numa metrópole e suas ruas com fluxos débeis. Um drama moderno. E o que é sua continuação? Um navio! Sim, um navio. Não poderia ser mais imbecil. Alguém consegue levar a sério? E existe a possibilidade de um 3 por aí. Tenho até medo do que possa aparecer.

4 - "O Chamado 2" (The Ring 2, 2005)

Um filme de terror ganha seu público com os sustos e surpresas que desperta. Fazer uma sequência é um grande trabalho e requer competência do roteirista, que seja capaz de criar novas situações. A sequência de “O Chamado” (The Ring, 2002) falha miseravelmente nisso. Ponto para mais uma péssima continuação.

3 - "Jogos Mortais 2" (Saw 2, 2005) ad infinitum

O primeiro filme foi uma ideia genial. Pouco dinheiro, locações baratas e sucesso absoluto, além de elevar o estilo de filmes gore a um novo patamar, causando angústia e repulsa em muitos e atraindo muitos mais com seu roteiro inovador e bem amarrado. E assim veio sua continuação... Confesso que fui ao cinema assistir e, ao ver no final que uma das vítimas sobreviventes do “Jigsaw” tomaria seu lugar, percebi que perderiam completamente a linha e isso poderia gerar infinitos filmes relativamente baratos e rentáveis. Está em qual mesmo?

2 – "Os Embalos de Sábado Continuam" (Staying Alive, 1983)

Dirigido por Sylvester Stallone e considerada a pior sequência de todos os tempos. Não preciso dizer muito, não é? (Mas é claro que eu quero assistir a "Os Mercenários")

1 - "Matrix Reloaded" (The Matrix Reloaded, 2003), e "Revolutions" (The Matrix Revolutions, 2003)

Nesse caso, prefiro continuar pensando que não houve continuação e ficar feliz com o primeiro.

E você? Lembra de mais alguma sequência desastrosa?